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quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Feeling super, super, super, suicidal!

Eu juro que não pretendi derramar esse sangue. Sei também que apesar de minhas palavras, o sangue continua a pingar dos meus pulsos, dos meus olhos, da minha boca, do meu peito e das minhas coxas. Juro que não pretendia que ele escorresse de mim em gotas gordas e obscenas para empapar seu tapete favorito. Eu posso mesmo ter desejado por muito mais do que meros segundos que todo esse sangue escorresse de mim, mas pensamentos não cortam, certo? Eu sei que não, já pensei coisas piores. Desculpe pela bagunça. Se eu conseguisse me mexer sem derramar mais sangue no seu tapete, juro que limparia tudo. Juro, juro, juro. Juro por Deus, com letra maiúscula. Você não acredita em mim? Uh. Por que deveria? Você sabe muito bem que eu não tenho deus. Você acreditaria que foi a poesia? A prosa? As palavras? Nisso você acredita? Talvez... Talvez se eu dissesse que todo esse sangue é poesia, arte, você ficaria menos zangado por causa do tapete. Porém, isso seria mentira. Não há poesia aqui, só sangue. E não foram as palavras, foi a vida. Foi ela, não fui eu. Ela é uma verdadeira mercenária, aquela lá. Desculpe, eu estava mentindo esse tempo todo... Eu não me sinto mal por causa do seu tapete. Ele era muito feio, está melhor agora.

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