Hoje eu estou aqui, sentadinha na cadeira e dizendo que estou curada, mas deve-se lembrar que isso é como um câncer e que do mesmo jeito que vai, volta. Sempre volta. Então, talvez essa seja outra mentira minha para mim mesma. Eu quero acreditar que isso foi embora, mas isso nunca aconteceu. Devo aceitar que ainda está em mim.
Quando eu me despir de todas as minhas mentiras, talvez veja que tudo isso não é tão ruim assim. Acho que eu e meus monstros aprendemos a conviver, aceitando que nenhum de nós vai conseguir eliminar o outro.
Ah, mas eu não gosto de estar no palco, por isso eu vou voltar para minha cadeira e assistir os outros com suas pequenas coleções de vazios e suas feridas a mostra.
2 comentários:
Me lembrou bastante um lugar que freqüentei por grande parte da minha curta vida. Gostei do texto.. Parabéns!
Ah, obrigada. E, fiquei curiosa agora, que lugar seria esse?
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