Eu tive essa ideia maravilhosa quando estava no banho hoje. Era algo sobre solidão, mas no final transformou-se nessa ideia brilhante e maravilhosa e genial. Não lembro muito bem quando comecei a me considerar uma escritora. Quando comecei a me sentir parte do grupo, a responder pela profissão (profissão, sim! Como não?). Entretanto, sei exatamente o dia em que comecei a me considerar uma artista: hoje. Pois bem, eu tive essa ideia maravilhosa no banho. Algo sobre solidão, escrever e talentos. Eu escrevo coisas. Textos, histórias, arrisco alguma poesia. É como escrever os sentimentos para fora de si. E é claro que isso é uma arte. Mas essa não é bem a ideia, é uma parte dela, na verdade. É que isso de escrever os sentimentos para fora de si é muito parecido com o que minha amiga faz. Ela escreve melodias, arranjos. Isso não é como compor o sentimento para fora de si? Eu realmente acho que sim. Existem pessoas que cantam. Outras dançam. Compõe músicas. Pintam quadros. Interpretam peças. Criam. Para tudo isso é necessário sentimentos - ou ideias - e um pouco de arte. Nós, artistas, fazemos mais ou menos a mesma coisa: temos a habilidade de pegar o que está aqui dentro e transformar em outra coisa. Algo que os outros possam enxergar também. E essa é uma ideia maravilhosa. É maravilhoso que eu possa me colocar na mesma definição. Afinal, nós todos fazemos arte, só temos jeitos diferentes de expressá-la.
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