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sexta-feira, 25 de junho de 2010

Garota boa de mim mesma

Tão fraca, tão preocupada, tão sorridente. Garotinha inocente que nada sabe e ignora a maldade, aquela que passeia na floresta enquanto Seu Lobo não vem.
Garota boa, seus sonhos são altos demais, suas lágrimas doces demais e seu abraço raro demais. Aquela garota boa que aprendeu a dizer palavras bonitas para as pessoas que esqueceram a beleza. Ela ignora que essas palavras são as pequenas mentiras que ela cultiva no seu jardim.
Ah, aquela garota que cai e levanta, cai e levanta, cai e levanta, cai... As pessoas passam a mão na sua cabeça, afinal, ela é tão pequena, tão tolinha, tão boazinha. Ela sorri, suspira e aceita a mentira.
Pequena, você está usando armadura, mas seu coração é cheio de buracos, aqueles que você está cansada de esconder. Porém você esconde e, mesmo cansada, seu sorriso é tão belo na falta de sua sinceridade.
Garota boa que não gosta de machucar, não quer dizer não e odeia ver alguém chorar. Você abraça aquelas pobres almas com frio, tentando aquecê-las e esquece de seu próprio frio, o qual não pode ser aquecido. 
Ei, garota boa, você se escondeu dentro de mim.

Obs: O outro lado de um outro texto meu.