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terça-feira, 20 de abril de 2010

Dia 12: Qualquer coisa à sua escolha

Imitando descaradamente a Bruna Klein, eu vou postar aqui os textos que postei no tumblr (mas só aqueles que não repostei aqui até agora :B). Eu já tenho 187 posts, mas isso não é pra assustar Eu posto muitas imagens e reblogo muita coisa e, além disso, já repostei umas duas coisas aqui. Então, não é tão longo.

Garota má de mim mesma

Garota má, você olha nos olhos dos outros com desprezo. Arrogância são as pedras nas mãos dela. E essa armadura feita de orgulho, forjada no inverno de seu coração congelado, esse orgulho derretido pelo fogo do seu ódio. O único fogo que ainda insisti em queimar no gelo do seu interior.
Ah, garota má, por que você insisti em parecer tão estéreo, tão fria e tão intocável? Onde você escondeu seus sentimentos sombrios? De baixo de qual pedra você enterrou sua dor?
Garota má, suas mão estão cheias de sangue. Pare de brincar com o coração dos outros, não finja que não sabe… O quanto isso é errado. Diz coisas como “ninguém vai quebrar meu coração” e “não preciso de ninguém”. Mentirosa, pequena mentirosa. Vamos lá, tire essa armadura e vamos buscar um casaco para o frio.
Ei, garota má. Por que você aparece toda vez que olho para o espelho?

Eu estava fingindo
Eu nunca fui a idiota ou a cega da história, eu estive fingindo por muito tempo para as pessoas pensarem que estou segura na minha ignorância. Mas não sou ignorante, nunca fui. Isso não é arrogância, eu queria mesmo ser ignorante de tudo isso, de tudo… Mas sei demais e vi demais, coisas que pisotearam meu coração. E agora, as pessoas ainda vêm contra mim… E eu continuo a fingir, porque é a única coisa segura que eu sei fazer. Isso só alimenta meu ódio contra todos, a raça humana, eu vi o que ela pode fazer. Mas…
Afinal, todos tem sua historinha triste. Você não quer saber a minha e eu não estou nem aí pra sua. Mentira, estou fingindo… Toda essa agressividade… Eu queria poder curar todos. Tudo isso. Mas não posso, então eu ignoro.

(Sem título)
Eu tenho gritado sem som todos esses anos, tenho chamado, clamado, suplicado, chorado e me arrastado. E nem ao menos sei o motivo. Talvez seja quem eu sou, mas não sei nada sobre isso. Tudo menos isso. Perdão pelo clichê, mas sou meu próprio pequeno mistério. Um que não tenho certeza se quero desvendar. Não que eu seja uma incógnita tão interessante assim, mas eu sou cansativa para mim mesma. Eu sou feita de pequenas rotinas interrompidas, da tentativa de quebrar um ciclo vicioso que eu mesma criei. Às vezes sou tão comum e às vezes não faço sentido. Eu tento me orgulhar de coisas que já fiz, mas nada parece digno. Isso pode ser uma nova doença, a incoerência do ser. Ou talvez seja eu, é isso que sou? Esse caos? Não sei o que sou, sei o que não quero ser. Às vezes, eu não quero ser… Eu.


Quase
Eu quase não lembrava como era adorar as sextas. Como era achar os fins de semana curtos. Como era acordar as 6:20 e só chegar em casa 12:24. Como era legal conhecer professores novos (ou não). Como era chegar no colégio desviando dos patos. Como era ter coisas demais pra fazer. Como era a falta de tempo, ao invés da sobra dele. Como era uma manhã com os amigos. Como era uma questão de física. Como era escrever num caderno limpo. Como era fazer planos (que darão errado) para as próximas semanas. Como era odiar o domingo. Como era não suportar a música do fantástico, porque isso queria dizer “é, acabou meu descanso”. Como era ler uma questão e dizer “wtf?”. Bem. Eu quase não lembrava de tudo.
Eu. Quase. Tudo.

* A ordem está do mais recente, para o mais antigo (:
 

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